DORES D'ALMA

O infinito do horizonte escalar; lampejo

de luz fraca; penumbra do espectro aturdido

na poeira multicor do universo perdido.

Sons e cheiros saborosos, grande pelejo.

Sob o feixe barulhento de luz, gracejo

sonoro dos sinos enigmáticos, urdido

na imensidão anã da mente vil, compreendido

pelos vilões de visão míope, curta; varejo.

A escuridão foi quebrada pelo luminoso

fio de esperança que clareia, apascenta e acalma

o nosso existir: tenebroso, árduo e sinuoso.

Vivemos mergulhados em vulcões de lama

magmática, encarnadas; dilemas; virtuoso

ciclo da psique humana, são as dores d’alma.

Fortaleza, 21 de julho de 2015.