Sonetando-o
Era gigantemente menino, e de difícil encaixe,
até porque não era parte, tampouco era peça,
acomodava-se de jeito completo sem rebaixe,
de uma integridade enorme, admirável a beça.
Era sem padrão, díspar de qualquer pessoa,
e despadronizado tinha somente uma opção,
ser ele e justamente o que de sua alma ecoa,
sagaz de que era impregnado de imperfeição.
Tinha nos olhos e na alma a visão da poesia,
era dono de valores vistos a longa distância,
era alguém que no ínfimo via a importância.
E era tão exato nas suas imperfeições; magia,
é que o amor que exalava o fazia tão perfeito,
é alguém que me encanta, mora aqui no peito.
Uberlândia MG
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