Sonetando-o

Era gigantemente menino, e de difícil encaixe,

até porque não era parte, tampouco era peça,

acomodava-se de jeito completo sem rebaixe,

de uma integridade enorme, admirável a beça.

Era sem padrão, díspar de qualquer pessoa,

e despadronizado tinha somente uma opção,

ser ele e justamente o que de sua alma ecoa,

sagaz de que era impregnado de imperfeição.

Tinha nos olhos e na alma a visão da poesia,

era dono de valores vistos a longa distância,

era alguém que no ínfimo via a importância.

E era tão exato nas suas imperfeições; magia,

é que o amor que exalava o fazia tão perfeito,

é alguém que me encanta, mora aqui no peito.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 17/07/2015
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