EM SEGREDO

Duas da tarde. Bateram à porta,

Foi um mendigo qu’estava a mendigar,

E quase sempre ninguém s’importa;

Porém isto dá-me muito que pensar.

Sua vida vivida era mui morta,

Até me fazia pena ver sem lar,

(Vestia-se de miséria) com mui azar,

Em segredo dizia tudo se comporta.

Em desprezar, pois ele me dizia:

--- Por favor deem-me uma côdea de pão.

( Eu então lhe dei) E a esmola lhe crescia.

Ele continuava mesmo sem a habitação,

Estão o poeta hesitava; perguntava.

(como se chamava?) com o medo não me falava.

FERNANDO RODRIGO MARTINS

26/02/1986

TÓLU
Enviado por TÓLU em 16/07/2015
Reeditado em 16/06/2016
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