PIEDADE - Poesia nº 56 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"
Tudo o que houver na terra tu permites?
E tudo que se faz é compromisso?
Então, eu, ficar mais triste do que isso
Não posso; coração meu tem limites!
Estou falando da tal piedade,
Qual meus olhos, por ela se consomem
Em lágrimas, no bem de cada homem;
Pelas feridas cruas da verdade!
Só na dor que pedindo assim te fala;
É como o desespero a peito aberto
Fechar-se, se tua ajuda assim se cala!
Ela que corta a carne de tão perto,
Sentimento em sangue, a nós, abala,
Pelo perdão do mundo, a ti, deserto!
Eduardo Eugênio Batista
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