"A BALSA" (Soneto)

O vento forte balançou a balsa

E os carros, que sobre ela estão

O tempo é uma mala sem alça

Deixada ali, em minha estação

Os anos pregaram uma Ponte

Nas duas margens do Rio Paraná

E o sol poente, naquele horizonte

Só em minhas lembranças há

Sempre adormeciam na atravessia

As filhas, então bem pequeninas

Piscar de olhos, quase que não via:

Que, rapidinho, estariam formadas;

E independentes, as duas meninas...

E sob a ponte, as balsas ancoradas...

HISTÓRIA:

A Ponte Rodoferroviária liga os estados brasileiros de Mato Grosso do Sul e São Paulo sobre o Rio Paraná, unindo a cidade sul-matogrossense de Aparecida do Taboado à cidade paulista de Rubinéia.

Sua construção fora defendida por Euclides da Cunha, em 1901 e, meio século depois, na Conferência dos Governadores da Bacia Paraná-Uruguai.

Foi inaugurada em 29 de maio de 1998, após um investimento de mais de R$ 800 milhões pelos governos federal e de São Paulo.

Possui quatro faixas de rolamento para veículos rodoviários na parte superior, duas em cada sentido, ligando as rodovias Euclides da Cunha (SP-320) e BR-158, sendo importante ligação entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Na parte inferior possui uma via ferroviária.

Sua extensão total é de 3.700 metros, sendo portanto a maior ponte fluvial brasileira. Cada vão possui 100 metros de extensão.

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 05/07/2015
Reeditado em 05/07/2015
Código do texto: T5300842
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