Permissões

Era como se a flor não mais morasse no deserto,

Sentia agora o frescor do aguar daquele carinho.

Aquele calor que ardia, agora é o hálito de perto,

E a sua redondeza já consegue observar o ninho.

É como se a flor agora queimasse de tanto amor,

Os ventos secos tornaram-se brisas tão naturais.

E aquela areia que atravancava parcial o seu olor,

Simplesmente consentindo farejar áridos chacais.

Aquela flor em abraços íntimos deixou se domar,

Sorriso rubro, e dançante em sua janela debruça,

E se o inverno se faz; possui o coração carapuça.

A flor vive e não somente existe: só para lembrar,

Entrega-se a um amor e repudia seu ser solitário,

Ser venturosa revolveu-se em seu objetivo diário.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 14/06/2015
Código do texto: T5276756
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