Despojo
Despojo
(Soneto)
Rasguei minha vontade de vencer…
De sonhos já não sei me abastecer;
Todos eles migraram decididos,
Com medo de por mim serem feridos.
Réu confessei-me, sem culpado ser!
Para a carne fingir que está a viver;
Enquanto soltos andam os bandidos,
Sabendo eles que são os corrompidos.
Despojaram-me a honra sem piedade!
Forçaram-me à mentira eternamente!
Queimaram-me o tesouro iluminado!
Meu belo fraque exibe com vaidade,
A quadrilha vestida alegremente,
Depois de me saber aprisionado!
André Rodrigues 7/6/2015