A DECISÃO

Criança triste, eu quisera alegrar-te,

secando as lágrimas dos teus olhinhos,

mas o que fazer para transformar-te

e trazer risos para os teus caminhos?

E foi assim que um dia te encontrei,

chorando das mazelas da pobreza;

quantas crianças mais sofriam, sei,

das mesmas dores, eu tenho certeza.

Como ver os rostinhos sorridentes?

Esquecendo-me dos meus próprios ais,

vi solução das mais surpreendentes;

e decidi, sem muito estardalhaço,

sem querer ver tristeza nunca mais,

que eu seria desde então um PALHAÇO!