ALMA REMENDADA - Poesia nº 32 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"

Aqui me fica o tempo desmedido,

Dos meus anos, que por loucura atados,

A estar num vai e vem são e ferido

Nos dias destes males costurados!

Aqui soçobro de lamento e fúria,

Num vago apelo de (Meu Deus!) socorro!

Vomitando pedaços do eu espúria,

Morrendo na alma, sem saber que morro.

Mais? Quero que se dane a hipocrisia!

Pois, com faca de dois gumes a corto

Viu? E não mais me tornes tão curiosa...,

...Porque teu fado peca na heresia.

Sustento-me sem tua praga, que aborto,

E a ira no olhar meu, cuspo-te odiosa!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 13/05/2015
Reeditado em 22/05/2015
Código do texto: T5241047
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