ALMA REMENDADA - Poesia nº 32 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"
Aqui me fica o tempo desmedido,
Dos meus anos, que por loucura atados,
A estar num vai e vem são e ferido
Nos dias destes males costurados!
Aqui soçobro de lamento e fúria,
Num vago apelo de (Meu Deus!) socorro!
Vomitando pedaços do eu espúria,
Morrendo na alma, sem saber que morro.
Mais? Quero que se dane a hipocrisia!
Pois, com faca de dois gumes a corto
Viu? E não mais me tornes tão curiosa...,
...Porque teu fado peca na heresia.
Sustento-me sem tua praga, que aborto,
E a ira no olhar meu, cuspo-te odiosa!
Eduardo Eugênio Batista
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