ANSEIOS - Poesia nº 28 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"
Em nós, tudo se morre em cada pranto,
Ao indulto que o triste ser reluta...
É este mesmo a salvar-nos na conduta,
Dum viver de castigo e desencanto!
Oh, se a ele preso formos dominados,
Livrai-nos do destino tão sombrio
Nos sentimentos feito um frio rio,
Num barco a navegar os condenados!
Em lágrimas a cada piedade,
Por qualquer ser que muito nós amamos,
É toda forma em vida da saudade...!
Quem foi que disse que ela não nos mata,
Se só foi por amor que nós choramos,
E a despedida vem na hora ingrata?!
Eduardo Eugênio Batista
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