SELÊNCIO DE D´US
Sobre aquela esperança, tão esperada,
que nunca chega antes que enlouqueça,
e mesmo que, em suma, não mereça,
a tua compaixão procrastinada.
Meu mundo acabou, não sou mais nada,
e mesmo que em mim não permaneça,
a luz, e tudo em mim se escureça,
não quero vê-la, a alma magoada.
Por isso te clamei todos os dias,
olhei para o alto, de coração ferido,
para ouvir o silêncio de toda vida.
Tornaste todas as convicções vazias;
A tua inércia ignora meu bramido,
a tua ausência em tudo é repetida.
(YEHORAM)