“SILÊNCIO”
Que o sol, hoje, seja tardio
E que éolo não respire,
Também a terra não gire,
O pardal não solte assovio.
Que o mar, hoje, seja baixio,
Que um trovão não atire
E Gabriel do céu se retire
Para ser um guarda gentil.
As plantas fiquem paradas,
Não haja tropel nas estradas...
Silêncio na terra, no céu, no mar...
A cama numa redoma se forme,
Porque meu amor agora dorme
Depois de muito me amar.