ÍNFIMOS VERSOS DE AMOR
Amar e não viver a própria flor,
Esplêndida de ornada companheira,
É montar-se numa pérfida esteira
Reticular e mórbida de dor!
É morrer-se na própria purulência
Contente de sangrar-se envelhecido!
Louco está o homem que se entrega ardido
O peito vivo à vil sanguinolência!
Eu, bardo pobre de flores e estrelas,
Inconstitucionalissimamente,
Estou sem a harmonia de revê-las!
Escrevo o pranto puro, simplesmente,
À luminosidade destas velas
Que se apagou nos mares, de repente!