O FÉRETRO - Poesia nº 19 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"
Nesta tarde tão trágica e sombria,
Eu, caminhando lento, via um vulto
Num féretro a seguir e, ele me via
Triste por este morto a ser sepulto!
Era a realidade que adentrava
Nesta imagem do espírito finado,
Qual na funesta marcha me atentava,
A orar pro corpo sendo carregado!
Em mim, o arrepio feito de mistério,
Que perscrutava deste cemitério,
Num olhar que a espinha ia gelando!
Na mente, sem ser sonho ou dualidade,
Do vulto quis saber toda a verdade;
Descobri ali, que estavam me enterrando!
Eduardo Eugênio Batista
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