MÁRMORE - Poesia nº 16 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"
Um silêncio profundo aqui me envolve,
Por este frio cenário da saudade,
Qual meu findo amor foi pra eternidade,
Que sem ter pena, a vida não devolve.
E torna a minha força temperante,
Ao rumo de só ser viva a lembrança,
De toda emoção que nunca a alcança,
Porque tal pedra, a deixa-me distante.
Isolamento que aturde, não fala;
E das poucas palavras murmuradas
Que solto, tua mudez triste me cala!
Assim..., cala-me por dentro e por fora,
Feito o mármore de capas geladas,
Que tu’alma veste, e a minha, por ti chora!
Eduardo Eugênio Batista
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