TRISTE LUAR DE AMOR - Poesia nº 15 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"

Meu estático ser que a orbe fita,

Que vê sonhos longínquos desta espera

Em saudades, que no peito palpita,

É também reverência a linda esfera!

O que a lua não me diz, vou imaginando

Num tempo que passou, mas vivo ainda,

Dentro assim deste amor - e me apegando,

Cingido a tal lembrança que não finda!

Prata, o seu alfarrábio transparece...

Poderoso e soberbo, faz chamada

Idolátrica pro imo que se aquece!

No alvor, tua face por mim é chorada

Depois que a triste lua desaparece,

Com vigor pra outra noite, ó amada!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 12/04/2015
Reeditado em 10/05/2015
Código do texto: T5204464
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