TRISTE LUAR DE AMOR - Poesia nº 15 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"
Meu estático ser que a orbe fita,
Que vê sonhos longínquos desta espera
Em saudades, que no peito palpita,
É também reverência a linda esfera!
O que a lua não me diz, vou imaginando
Num tempo que passou, mas vivo ainda,
Dentro assim deste amor - e me apegando,
Cingido a tal lembrança que não finda!
Prata, o seu alfarrábio transparece...
Poderoso e soberbo, faz chamada
Idolátrica pro imo que se aquece!
No alvor, tua face por mim é chorada
Depois que a triste lua desaparece,
Com vigor pra outra noite, ó amada!
Eduardo Eugênio Batista
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