Soneto enxerido.
Tão teimoso eu sempre me meto
Certo ou errado a fazer poesia
Noite ou dia, me basta uma folha,
Mais me acolha e eu vou à porfia.
Adubo heresia me faça à escolha
Que plante que colha pão de cada dia
Que chore que ria o verso na bolha,
Sem rolha a champagne brinde a ousadia.
Minha fantasia se veste de rua
E senta a pua no verso refém
Que diz um amém e indo adiante
Já sonha ser Dante e amiga da Lua,
Que nua assiste dali, tão distante
E no apogeu, o soneto, vibrante.
Josérobertodecastropalácio