Soneto enxerido.

Tão teimoso eu sempre me meto

Certo ou errado a fazer poesia

Noite ou dia, me basta uma folha,

Mais me acolha e eu vou à porfia.

Adubo heresia me faça à escolha

Que plante que colha pão de cada dia

Que chore que ria o verso na bolha,

Sem rolha a champagne brinde a ousadia.

Minha fantasia se veste de rua

E senta a pua no verso refém

Que diz um amém e indo adiante

Já sonha ser Dante e amiga da Lua,

Que nua assiste dali, tão distante

E no apogeu, o soneto, vibrante.

Josérobertodecastropalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 11/03/2015
Reeditado em 18/03/2015
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