Teu nome
Não falo dos amores! Não! Não falo,
Pois a palavra é fraca e descabida.
Diante dos teus olhos... Sim, me calo...
Minh'alma de joelhos cai vencida.
Meus dedos, um por um, pressiono e estalo
Para tocar—te, enquanto distraída,
E assim, se ao corpo teu, o meu resvalo,
Me sinto muito além desta mi'a vida.
São vinte e nove outonos de um deserto,
Mas hoje bebo esta água, assim, tão perto,
Que faz de mim nutrido e satisfeito.
Teu nome segue em minhas orações
Ornado pelos sete corações
Inscritos e talhados no meu peito.
São Paulo, 06 de Janeiro de 2015