SONETO IV

Como é bom navegar na lembrança

De algum tempo que não volta jamais

Do meu singelo tempo de criança

Que boas sensações felizes me traz.

Quanta riqueza eu tenho, meu Deus!

Que nem o ouro é capaz de comprar

E como um rio são os desejos meu,

Que em sua nascente jamais vai voltar.

Pobre rio que metaforiza bem

O tesouro que tenho e ele não tem,

Pois segue sempre o curso na descida

E como eu constrói sua trajetória,

Mas não tem a bendita da memória

Para que registre os fatos da viva.

Barros Nasimento
Enviado por Barros Nasimento em 07/01/2015
Reeditado em 07/01/2015
Código do texto: T5093548
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