DECISÃO (Soneto novo)
Eu sentia uma brisa em meu olhar
E um cheiro de desgosto pelo chão,
Tinha o tom da saudade a desfolhar
Tantas lágrimas do meu coração...,
...Mas a dor sendo forte, a aferrolhar,
Maldosa, quis atar-se a essa emoção;
Então minh’alma se fez pura a abrolhar,
Bem por dentro da mais bela oração!
E foi meu Deus que disse num momento:
Tudo o que nasce sempre tem seu fim
Naturalmente, no azar ou na sorte!
Eu, por pouco, escapei da horrível morte,
Destino que talvez nos seja assim:
Suicídio da fé - é o enforcamento!