O VALE
Na aurora surgiu à luz brilhante
Eu vi daquele outeiro o deslumbre
No horizonte ao longo um casebre
Perplexo eu fiquei por um instante!
Quão é belo o redobre da colina
O murmúrio do vento bem distante
O arrebol, céu e água alucinante,
O canto alvissareiro da menina!
Vagando em águas turvas rio profundo
A lembrança em meu peito amargurado
Quando outrora, ali foi nosso mundo!
Vês, aquele casebre arraigado,
Que um dia os teus pés nele inundo
Hoje, o vale e o casebre, abandonado!