Quem sou pra dar-te o mundo?
Quem eu sou para ti prometer dar o mundo?
O mundo nem sequer é meu
O mundo é do diabo e Deus
E eu apenas um nada no meio de tudo.
Gostaria de escrever-te versos d'amor
Tão profundos como os de Camões
Oh, mas nem sequer tenho eu mil corações
Poderá um eu dia achar a quem regue essa flor?
Não, não e não Fernando Pessoa, Não serei
Como escrevera ele eu jamais escreverei
Inaudito o que ele escrevia, pois fora solitário
E eu não, pois te tenho a ti do meu lado
Reticências no que digo como verso inacabado
Em minha nudez será tu o meu vestuário.