Menino...
Sou tua caça, tua presa perdida, indefesa,
ou sou a menina que na tua língua deixa rastro,
no teu corpo faz a cena, teatro de cama e mesa,
a mulher das coxas firmes e fortes de alabastro...
Sou a que recebe o teu amor e, benfazeja,
oferta a carne vermelha e quente da entranha,
te dando o prazer do corpo que tanto almeja
quando, deitada, abre o que tanto te assanha;
- Sou a tua dona, tua amante e a tua escrava -,
sou a que você procura no duro da tua trava
e nos rompantes da tua mais doce e pura poesia,
Sou a mão que te leva ao gozo no onanismo,
a derrama no chão do teu precipício e abismo
e o prazer que clareia o nublado do teu dia...