Segundo soneto do meu 4º livro "Eclipse" - VIOLAÇÃO DA CARNE
Da inocência, sem nenhum abrigo,
O algoz te levou ao inferno escrito;
Do gosto pela carne, esse inimigo
Era a besta no seu fado maldito...!
Em pouco tempo a vida se acabou!
Choro martirizado na loucura,
Drama que em dor no peito, o desabou
Pela veste maldosa da tortura!
Deu-lhe na alma o rasgar d’um ultimato,
A que tão fraca vítima inocente,
Molhou de sangue e lágrimas, vil ato...!
Mostre compaixão por teu filho, ó Deus!
Que este ao ser imolado tristemente,
Da esperança, apagou-se num adeus!