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O TREM DO TEMPO [544]
 


Passam dias, os meses se acumulam,
os anos como barcos vão singrando;
não quero só te ver de vez em quando,
mas ter-te nos segundos que se azulam.
 

Das horas, tique-taques saltitando,
e todos bem por ti é que se açulam.
Em mim, as coronárias mais que pulam,
chispando ais, saudades sem comando.
 

Faça outono, verão ou primavera,
uma invernada assola na minha alma,
ao passo que por ti plantando espera.
 

Não sei aonde vais nem onde estás:
somente sei que mais perdi a calma
– e o trem do tempo lá ficou atrás.
 

Fort., 20/11/2014
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 20/11/2014
Reeditado em 20/11/2014
Código do texto: T5042304
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