CHEIRO DE LUZ

Enxergo o rufar dos tambores refletindo

a luz nas trevas claras da imensidão curva

do universo. Seguro firme na luz turva

que surge descolorada, só; desatino.

Sinto o cheiro das flores da floresta, vindo

trôpego, inodoro de lógica, contracurva

da tangente sinuosa, onde raízes, turba

infame, matam seus frutos. Vil destino.

Colho frutos disformes, bem sincronizados

com a sinfonia macabra, pobre, arranjos

distantes da partitura, incivilizados.

Acalmo-me, invade-me o acalanto, arcabuz

voltado para o inimigo, exército de anjos

destruindo o mau. Saboreio o cheiro de Luz.

PS: GOSTO MUITO DO "SIMBOLISMO".