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VERSOS INTERPLANETÁRIOS [542]
 


Versos d’espera, sonhos e de amores,
versos de arrevesadas solidões,
cheinhos de saudades e emoções,
de que também resultam ais e dores.
 

Das sílabas, que sangram sensações,
por vezes gustação de dissabores,
alguém, talvez, prediga aladas cores
nas quais desfraldo as minhas ilusões.
 

Versos e rimas presos a quadrantes
de sonetos – por força libertários,
outras vezes piegas, delirantes.
 

Pois são meus versos unos e erradios,
todos, enfim, tão interplanetários,
que vão do tempo-espaço aos desafios.
 

Fort., 05/11/2014.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 05/11/2014
Código do texto: T5023815
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