"SONETO DO DESENGANO" (Lílian Maial )

Jurei, mil vezes, que nunca eu amaria,

E novamente esse brilho me cegou.

Na madrugada, outra lua antecipou,

O amanhecer que essa aurora me traria.

Tão decidida, inocente, eu não sabia,

Todo o lamento que o amor me reservou:

Dias de céu, que o poeta declamou,

Noites de breu, que a tristeza choraria.

Como semente, que explode a vida em cores,

Guardei nos sonhos a cura dessas dores,

Pra germinar pela luz dos olhos teus.

Carrego pouca ilusão de estrela-guia,

Que aquele olhar, que me enchia de alegria,

É o mesmo olhar, que me embaça e diz adeus.

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 24/05/2007
Código do texto: T499595
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