Das minhas paixões
Tudo que gosto,
tem um gosto seu.
E é sempre doce, fel,
alucinante e fosco.
Mas esse meu ardor,
como tudo, vai passar.
Tornar-se-á velho e louco
a minha paixão reprimida na sua.
Amarei a arte,
a música que disciplina meus pés
e a voz que me resta da garganta.
Cantarei, dançarei,
ainda que soe fraco e triste
esse acorde diminuto que sou.