ESTADO DE TRISTEZA
Por: Tânia de Oliveira
Mesmo sem ser madrugada o galo se assanha e canta
As folhas da amendoeira voam secas pela rua deserta
Suspiro  com rapidez  para não me  denunciar  inquieta
Neste estado de languidez que me embriaga e encanta
 
Momentaneamente tudo é tecido por essa inquietude
A hora presente com coisas para serem descobertas
E  o amor  nunca chega, pois as almas estão desertas
Apenas vem o não esperado sem paixão e  sem virtude
 
Não haveria  amargura ou dor no caminho escolhido
Apenas resignação pelo fato de que viver em si basta
Mesmo entendendo que quem ama não lhe maltrata
 
Mas para tanto, todo esse sonho tecido será vivido
Na realidade insípida que se apresenta como salvação
Deixando tudo como está  para não machucar o coração
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 20/08/2014
Reeditado em 24/03/2015
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