AMARGO ADEUS
Expurgo de mim a tua vil presença
Inócua, insensível, pálida e triste.
Se é que presença amarga assim existe
Sem que necessite ser chamada de doença.
Por ti, que diminuí meus passos
Para te acompanhar a lenta caminhada
Nada mais de mim terás, malvada
Além do adeus, que te atiro como a um par de vasos.
Em meu coração te vi, sem mácula ou defeito,
Acreditando, tolo então, ter sido o eleito
De Apolo, ao amor gentil, caloroso e eterno
Vai-te daqui, infâmia que chamei de bela,
E não espera de mim cousa a mais nessa janela
Que te deseje adeus e que sigas em paz para o inferno!