AMARGO ADEUS

Expurgo de mim a tua vil presença

Inócua, insensível, pálida e triste.

Se é que presença amarga assim existe

Sem que necessite ser chamada de doença.

Por ti, que diminuí meus passos

Para te acompanhar a lenta caminhada

Nada mais de mim terás, malvada

Além do adeus, que te atiro como a um par de vasos.

Em meu coração te vi, sem mácula ou defeito,

Acreditando, tolo então, ter sido o eleito

De Apolo, ao amor gentil, caloroso e eterno

Vai-te daqui, infâmia que chamei de bela,

E não espera de mim cousa a mais nessa janela

Que te deseje adeus e que sigas em paz para o inferno!

Mah Mendonça
Enviado por Mah Mendonça em 18/08/2014
Código do texto: T4926965
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