Choro e meditação
Senta aqui do meu lado
e olhe para onde agora olho...
Se o vislumbre o deixar fascinado,
Compreenderás porque tanto choro!
Verás que não choro por amor,
Nem choro por aquela abelha que procura uma flor,
Nem pela árvore que sucumbe ao machado,
Ou pelo cão correndo assustado!
Choro pela verossimilidade que é a vida
Que muitas vezes a levamos ao despojo
Quando desvalorizamos a sua essência
Ao se procurar fugir da realidade num artifício
Ao se dizer uma mentira, tomar uma bebida e, na carência
Resumir a alegria, buscar um banal prazer em um vício.