CLAUSTRO




Há uma dor que  dói no âmago de nós
Não causou feridas externas, ardidas
Brota das lembranças daqueles paióis
Sagrada paragem de ternuras sentidas

Veemente era a paixão que nos abatia
Eram tantas carícias, os hálitos quentes
Que marcas intensas ficaram na gente
Todo dia existia entre nós, tal empatia

Se eu pensasse em você , seu coração sentia
O celular tocava,já aguardava, logo atendia
Ao ouvir sua voz- Amor? Meu corpo tremia

Nunca me senti assim... tão amada... tão querida!
Você me trouxe um raio de sol - agigantou a vida
Saudades, silêncio, restaram no claustro da apatia.