O VELHO ANCIÃO

Corpo cansado, ombros caídos,

A semente da vida é-lhe vetada…

Roupa desleixada, punhos puídos,

Pouca vontade para a retirada.

Cabelo descuidado, barba por fazer;

Unhas crescem sem o cuidado

De quem antes retirava prazer,

Do quanto de si era almejado.

Voz rouca, rugas desconfortáveis,

Passo incerto, trémulo e dolente,

Nas manhãs pouco confortáveis.

E assim é a vida do velho ancião,

Três passos atrás dois à frente,

Eis aqui a morte por antecipação.

Jorge Humberto

15/05/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 15/05/2007
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