ROSAE VERITAS
A MÁGOA ESTAMPADA EM BRILHO DE VERSO
A FÚRIA PRATEADA, O SORRISO PERVERSO
SE ESCONDEM, SE ESCOAM, EM HÁBIL E PRESTO
MUTAFORMO DISFARCE, NEBULOSO E CANHESTRO
DO SORRISO PRIMEVO, CALOROSO E GENTIL
JÁ ROUBADO EM VERDADE, DO ARDOR JUVENIL
INDA RESTAM PEDAÇOS, PEQUENOS BRILHANTES
MANTIDOS A CUSTO, A INFINITOS INSTANTES
DA NOITE E DO SONHO JÁ NADA MAIS RESTA
SOLUÇO NEM PRANTO, TRAVESSEIRO, QUIMERA
ACABOU-SE A LABUTA QUE À ALEGRIA OPUSERA
EM FACE DO BELO QUE O TENEBROSO ESPANTA
NÃO HÁ MAIS DESCANSO, NEM HÁ MAIS A PLANTA
NEM DORMES, Ó ROSA, NEM DIA LEVANTA!
Inspirado livremente no poema "Dorme, Rosa!", da poetisa Rose Galvão.