O SINO

Me lembro saudoso, quando criança,

O dobre do sino, por nós ouvido,

E depois de anos inda na lembrança,

Ouço ecoar choroso o seu gemido.

Nas sacras datas do dogma cristão,

Na Igreja São Cristovão, lá do campanário,

Numa vetusta torre, solto na solidão,

O sino lembra o mundo o seu horário.

Uma badalada para cada hora,

Marca-se a chegada e quando vai embora,

O velho sino com o mesmo badalo.

Eu percorri o mundo todos esses anos,

Fui e voltei, vi santos e profanos,

Hoje o seu dobre me é um regalo.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 20/06/2014
Reeditado em 14/04/2016
Código do texto: T4852230
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