Meu eu desconhecido
Meu eu desconhecido
Às vezes me sinto tomada por um silêncio ensurdecedor
E às vezes os tambores de mim rufam incessantemente
Ora mergulho na fundura da minha essência com ardor
E às vezes me pego em leviandade tão superficialmente.
Às vezes sou previsível e coloco embaixo do braço, tudo
E às vezes tudo que é me dado não é nada do que quero
E às vezes quero falar quando o instante quer ser mudo
Muitas vezes emudeço e me tranco mais do que espero.
Meu eu desconhecido sempre aparece e me surpreende
Ele me fez construir meu mundo às margens do universo
Às vezes tenho a resposta, mas o que respondo é inverso.
Meu eu desconhecido recorre meu pensamento, ofende.
E às vezes divago na superfície do que conheço de mim
E me perco no meu desconhecido conhecendo-o enfim.
Uberlândia MG
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/