Meu eu desconhecido

Meu eu desconhecido

Às vezes me sinto tomada por um silêncio ensurdecedor

E às vezes os tambores de mim rufam incessantemente

Ora mergulho na fundura da minha essência com ardor

E às vezes me pego em leviandade tão superficialmente.

Às vezes sou previsível e coloco embaixo do braço, tudo

E às vezes tudo que é me dado não é nada do que quero

E às vezes quero falar quando o instante quer ser mudo

Muitas vezes emudeço e me tranco mais do que espero.

Meu eu desconhecido sempre aparece e me surpreende

Ele me fez construir meu mundo às margens do universo

Às vezes tenho a resposta, mas o que respondo é inverso.

Meu eu desconhecido recorre meu pensamento, ofende.

E às vezes divago na superfície do que conheço de mim

E me perco no meu desconhecido conhecendo-o enfim.

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 19/06/2014
Código do texto: T4851146
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