Se eu fosse poesia

Eu queria pedir para todos os pensamentos

Que se entornassem livres por entre os dedos

E queria decretar os redemoinhos dos ventos

Que pulsassem na tinta da caneta segredos.

Pediria ajuda aos corações em suas leituras

Que transmitisse a sincera essência do sentir

Inda carente revelasse remetendo às alturas

Que derramasse no papel a verdade do sorrir.

Se eu fosse poesia queria ter a efígie de soneto

Sem métrica e letras saltitassem todos os sons

Sem negrito, humilde fonte, todos os entretons.

Se eu fosse poesia queria o amor como dialeto

E queria todas as rimas rimando “desrrimadas”

E queria ver as almas pelo meu calor tocadas.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 17/06/2014
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