Se eu fosse poesia
Eu queria pedir para todos os pensamentos
Que se entornassem livres por entre os dedos
E queria decretar os redemoinhos dos ventos
Que pulsassem na tinta da caneta segredos.
Pediria ajuda aos corações em suas leituras
Que transmitisse a sincera essência do sentir
Inda carente revelasse remetendo às alturas
Que derramasse no papel a verdade do sorrir.
Se eu fosse poesia queria ter a efígie de soneto
Sem métrica e letras saltitassem todos os sons
Sem negrito, humilde fonte, todos os entretons.
Se eu fosse poesia queria o amor como dialeto
E queria todas as rimas rimando “desrrimadas”
E queria ver as almas pelo meu calor tocadas.
Uberlândia MG
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