MINHA CRIANÇA

Tenho os olhos rasos de água,

Com tanta e tanta imiscibilidade,

Que trazem mi alma em mágoa

E meu ser proficiente em dualidade.

Quem soubesse de meu sofrimento,

Da estranheza que vai no mundo,

Por certo viria dar-me algum alento,

Homem nenhum é assim infecundo.

Ah, como sofro, meus senhores,

Ver crianças paridas, à sorte na vida!

Por favor, concedei-me os tremores,

Que fazem da carne a sua vicissitude

E que a vida lhes seja concedida,

Com muita alegria e demais saúde!

Jorge Humberto

09/05/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 12/05/2007
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