AS DORES MAIS HORRÍVEIS

Eu, desde que nasci, a terra dura

Nas calejadas mãos a conheci,

Como necessidade tão escura

Do trabalho mais duro que senti.

A dureza da vida que sofri,

Hoje está já madura pela cura

Da verdade da vida que assisti

Antes da minha própria sepultura!

Que sol abrasador na terra tive

De suportar nas horas mais terríveis,

Que a tal memória agora me revive!

Pois mais coisas amargas já possíveis

Estão no coração que só me vive

De cansaços das dores mais horríveis.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 14/06/2014
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