Jadir Vilela de Souza: poeta, cronista, sonetista, divinopolitano.

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Jadir Vilela de Souza é membro da Academia Brasileira de Poesia Casa de Raul de Leoni1 . Possui vários livros editados e é um dos grandes autores da sua cidade ao lado de Adélia Prado, Sebastião Milagres, Pedro Pires Bessa e tantos outros escritores e poetas de Divinópolis.

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Inclusive José João Bosco Pereira declamou o poema "Otimismo", de Jadir Vilela de Souza em Poemas das horas mortas; outro poeta de Divinópolis, ex-aluno de Sebastião Milagre, no dia 22/07/12, às 11:15 no Cantinho cultural: rádio de divulgação de música e poesia na cidade de São Pedro, SP.

J B Pereira, Sebastião B. Milagre, Marisa Lajolo e Jadir Vilela de Souza e José A. Fernandes..

Enviado por J B Pereira em 22/07/2012

Reeditado em 07/09/2012

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Jadir Vilela de Souza

Jadir Vilela de Souza nasceu em 03 de maio de 1925, na cidade de Divinópolis, Minas Gerais. Possui os cursos de Direito e Ciências Contábeis. Manteve por muitos anos seu escritório de advocacia, foi Diretor e professor universitário, hoje, aposentado. Casado com a trovadora Maria José de Almeida Souza e pai de sete filhos: Jadir Júnior, Gilka, Gilda, Gilma, Jader, Jad e Gilza.

Tem os seguintes livros editados: Soluços D’Alma (sonetos), Círios em Desfile (trovas), Pedras do Meu Caminho (trovas), Poemas das Horas Mortas (poemas de versos livres), Candeeiro e Candeeiro II (poemas para ler e pensar), Variações sobre o Amor (sonetos e outros poemas). Sua primeira obra foi “... E o Manué se Vingô” (conto em versos caipiras, publicado em 1946 e reeditado em 2007, em versão ilustrada.

Escreveu as peças teatrais já representadas: “O Único Recurso” e “Neurose” e tem inédita “Está Sobrando Respeito”.

É filiado à Sociedade Brasileira de Autores Teatrais e pertence a várias instituições culturais e literárias do Brasil e do Exterior. Seu nome consta na Enciclopédia de Literatura Brasileira, com inúmeras citações.

NOSSO NINHO

Jadir Vilela de Souza

De tanto ver-te cada vez mais linda...

de apaixonar-me, juro, de verdade...

de tanto desejar a tua vinda...

com tua realçante falsidade...

Mesmo sabendo que te quero ainda,

com toda a tua rede de maldade...

que a paixão que te tenho, sempre infinda,

transforma em grande dor esta saudade...

afirmo que, apesar de tudo isso,

de teu olhar repleto de feitiço...

sei descobrir em ti falso carinho!

A minha dor então desaparece,

E enquanto o coração a mágoa esquece,

Eu vou fazendo em sonho nosso ninho!

SÚPLICA

Por que, Senhor, é curta a mocidade

e assim também tão curta a nossa vida?

Que bom seria se em qualquer idade

a velhice não fosse percebida!

Ela nos vem, parece, por maldade,

embora seja sempre repelida.

Aumenta, Senhor Deus, a mocidade...

Prolonga, por mais anos, nossa vida.

Que a nossa juventude seja eterna,

que a vida, para sempre, seja terna;

que nunca falte amor pelos caminhos!

E, quando a nós vier o teu chamado,

esteja certo que, no teu reinado,

só jovens tu terás, nunca velhinhos!

(citado no livro: “Jadir Vilela de Souza, Poeta Místico”, de Pedro Pires Bessa)

PERNAS QUE ENCANTAM

Jadir Vilela de Souza

Que loucura de pernas são as suas,

que não me deixam nunca sossegado...

que muito encantam quando vem às ruas,

deixando todo mundo apaixonado.

que lindas são as suas pernas nuas,

que ainda mais me deixam encantado...

feitas por Deus, para enfeitar as ruas,

deixando-me de amor, enfeitiçado!

Mas juro, Deus, que em toda a minha vida,

farei esta mulher não mais querida,

que por certo nem sei acreditar.

E todos saibam, que a partir de agora,

Esta mulher vai ser minha senhora,

A receber o amor que desejar!

O SORRISO QUE FICOU

Jadir Vilela de Souza

Ela passou, sorriu, e foi andando...

E de emoção eu juro que tremi!

Ela se foi, mas me deixou pensando:

Será que ela sentiu o que senti?

Ela gostou de mim. Mas, até quando?

Algo de amor em seu olhar eu li.

Ela passou, sorriu e foi andando...

E depois disso nunca mais a vi!

Coisa engraçada a vida. Quem diria?

E seu nome? Será Nair, Maria...

Dela nada se sabe. Nada, enfim!

Se alguém souber do paradeiro seu,

Diga que é ela este soneto meu...

E que saudade ela deixou em mim!

(do livro “Variações sobre o Amor)

SOLUÇÃO

Quando achares que tudo

está perdido,

eleva teu pensamento

a Deus,

e pede ajuda.

Não cometas

atos impensados,

julgando que a morte é a solução.

A morte provocada

aumenta os problemas.

Se quiseres

te livrar deles,

busca uma prece

sincera,

e terás ajuda

que mereceres.

Jesus te ajudará

Na solução

Que julgas impossível!

(do livro: “Candeeiro II”)

MENINA MOÇA

Passou, por mim, um dia, vaporosa,

uma mocinha que é um encantamento.

Toda elegante, toda perfumosa,

com seu cabelo a inquietar-se ao vento.

E, vendo criatura tão formosa,

fiquei extasiado num momento.

Que bela face meiga e tão mimosa...

Que corpo de causar deslumbramento!

E para realçar o seu encanto,

trazia, sobre o peito puro e santo,

tão linda rosa de vermelha cor.

E eu, sem saber dizer qual a mais bela:

se a rubra flor que enfeita essa donzela

ou se a donzela que possui a flor!

(do livro: “Variações Sobre o Amor”)

OTIMISMO

Faça de conta

que você tem hoje

um sol bonito e convidativo.

Faça de conta

que hoje será um dia feliz,

talvez, o melhor de sua vida.

Faça de conta que

“muito obrigado!, “com licença” e “por favor”

sempre são pronunciados por você.

Faça de conta

que o sorriso é permanente

em seus lábios,

e que seu rosto só mostra alegria.

Faça de conta

que você não tem problemas.

Faça de conta

que você tem coragem bastante

para vencer os fracassos,

E que só vitórias tem pela frente.

Faça de conta

que a partir de hoje

você será bem melhor

do que foi até ontem.

Se você puder fazer de conta

tudo isso,

você será o que todos esperam

de alguém...

Sem necessidade de fazer de conta.

(do livro: “Poemas das Horas Mortas”)

J B Pereira
Enviado por J B Pereira em 06/06/2014
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