JUVENAL CREPÚSCULO
Na cálida volúpia do tempo cipreste,
O mar sólido, ínfimo e cálido cora,
No juvenal crepúsculo que surta e ignora
O semblante lascivo que o tédio reveste!
Lá no átrio vasto e atômico de vácuo agreste
Dilacera-se o plácido em letal demora,
Que nas asas efémeras a seiva veste,
Emancipando o árido outonal afora…
No letal resplendor do fascínio terreno
Reforma-se um repleto gás tão profundíssimo,
E as folhas enroladas atinam veneno!
E no alto céu arfante do cervo ar fortíssimo ,
Os tísicos penares furtam como aceno
E respaldam do espólio casto e formosíssimo.