A estranha moça
Louros os fios da angélica estrutura:
Rubro o rosto e dos lábios seus carnais
Brota uma imagem cínica e de tais
Curvas vem o sorriso à curvatura
Ah, o sorriso! Lembra-me outra jura.
O amor e seus soluços, cães fatais.
Ela, fremindo açoites sem sinais
E a beleza, num corpo, já madura.
O riso novamente o olho meu
Rouba a face, e o ébrio brilho seu
Caminha na memória deste fardo
Sim, moça! Nem sequer simples palavras
Trocamos (Pontes). E este corpo lavra
Teus risos e olhos que no peito guardo!