Reflexão
Observo o céu, olhos de tormenta,
Como cigana, que adivinhando,
Escuta atenta, as estrelas conspirando,
Carregando no peito uma dor violenta.
Arrepia-me a brisa, gelada e lenta,
Agouros de um pobre coração apaixonado,
Sussurro encantamentos, o peito convulsionado,
Nos olhos, lágrima sanguinolenta!
Zombam as estrelas, do jeito que me despreza,
Nos meus lábios, o sorriso é músculo que retesa,
Sorriso de dor, mas também de felicidade...
E embora eu sofra e caia no chão, fremente,
Suspiro aliviada, sentindo o sangue ainda quente,
Pois nossa história está escrita na eternidade!