Indelével
Não quero seu primeiro toque, nem o primeiro beijo,
Nem quero seu último beijo e nem seu último toque.
E só quero para mim se for sentido por mim o desejo
Só quero que me sinta, e ordeno que em mim foque.
As minhas palavras sairão desgovernadas do meu ser
Haverá um ciclone delas desregradas por minha boca.
Choverei por você todos os sentimentos que aparecer
E contemplarás meu eu um tanto sã e um tanto louca.
E quando em minha tez tocar, seus toques serão meus
E quando os meus lábios abocanharem os lábios seus
Existirá uma permuta na erupção que em nós romper.
E nossa poesia se fará lasciva em um tesão a florescer
E em nossas almas indeléveis os nossos corpos se darão.
Uma canção tocará em nós, apetecidos bailaremos então.
Uberlândia MG
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