Mistérios do coração
Às vezes eu sei tanto do meu coração
Sei o que se passa, até vejo a imagem.
E outras vezes me segreda sem noção
E se tranca, retira-me toda a paisagem.
Às vezes ele tem um espantoso querer
De repente se recolhe não sei por quê.
Às vezes se doa; se entrega para valer
Já se foi com alguém, pergunto: cadê?
Às vezes bate alto, caceteia o ouvido
E às vezes o seu silêncio bulina além
Ama quem não deve; inverso também.
A fiúza é que ao amor está envolvido
E nele reside toda uma contemplação
E é mistério; enflora-se em cor e ação.
Uberlândia MG
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