Soneto de perdão a Deus
Podes me perdoar quando sou o que sou?
Queres? – Sou prole do inesperado;
Ludibrio-me no medo da minha não-anã estupidez;
Podes ouvi-la? Queres?
Podes me perdoar quando não sou o que sou?
Mas, sou o que sou sendo o que não seria?
Podes me perdoar? Queres?
Quero teu perdão?
Humildemente te imploro que possas me perdoar!
Mas, já não podes?
Me perdoar sabendo que terás ainda que me perdoar?
Círculo que não sei onde acaba?
Mas, ele começou?
Somente me perdoes...
19/11/13