JOVEM AMANTE (poesia inédita)
Meus olhos têm ainda a mocidade
No verdor da saudade que ficou,
Neste meu peito qual se remontou,
Revivendo esse amor da tenra idade...
Belo Márcio! Moço da cidade
De olhos negros, teu tempo só contou
Surpresas que o destino me aprontou,
Quando não pude te amar de verdade!
Foi dos nossos olhares que a paixão
Nascendo, trouxe o teu beijo primeiro,
Que o doce gosto a nada mais se iguala!
Volúpia, segredo e tentação,
D’um amor proibido e verdadeiro,
Que acabou, mas no peito não se cala!