Meu achado
Encontrei um coração desenhado num papel
E um tanto amortecido do colorido encarnado
Um contorno meio torto escondendo-se no véu
Com cores dimanadas de um amor derramado.
Achei um coração sem céu e confuso no chão
Com passos perdidos em meio aquelas linhas
Empalidecido e inacessível de toda a emoção
E então lhe apresentei todas as cores minhas.
Encontrei um coração sem estrelas e sem lua
Em um papel amassado jogado no sujo canto
Encontrei-o sem palavras e em bruno pranto.
E desenhei ao seu lado outra porta outra rua
Flores esboçadas, carinho, olhares de encanto
Versei-lhe amor real; seu querer à cor é tanto.
Uberlândia MG
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