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QUANDO A TARDE CAI...
Odir Milanez
 
 
 Elevo a minha prece à invisível
estrela, que da noite chega aos braços.
Rezo sonhos, dos sonhos preso aos laços,
preso à matéria, igual e indivisível.
 
Além do horizonte do impossível,
limite, em tempo e pauta, dos espaços,
muito além das montanhas dos fracassos,
a tarde cai, ilusa, irrecorrível.
 
No meu rasteiro vôo, rente ao chão,
a visão do que vejo me abstrai
- muito mais fantasia que razão.
 
 E enquanto os sonhos meus me vêm: “Amai!”,
meu outono, referto de ilusão,
todas as tardes, como a tarde, cai!...
 
 
JPessoa/PB
12.03.3024
oklima
 
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...
 
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oklima
Enviado por oklima em 12/03/2014
Reeditado em 12/03/2014
Código do texto: T4725698
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